sábado, 24 de novembro de 2018

Modelo Pedagógico para a Desconstrução de Imagens em Movimento em Ambientes Virtuais de Aprendizagem - Prof. José A. Moreira


Um material didático estruturado de acordo com este modelo consiste em três componentes:

-> O caso (por exemplo, uma seqüência de filme) - deve estar totalmente disponível para que o aluno possa entendê-lo antes do processo de análise começar;
-> As diferentes perspectivas - oferecem o quadro conceitual da análise de desconstrução das imagens em movimento. É vital que os alunos compreendam as referências subjacentes dadas a cada perspectiva pelo professor, uma perspectiva destinada a significar uma teoria, um conceito que o professor acredita ser relevante para desconstruir o caso.
-> O processo de desconstrução - a desconstrução é a essência da aprendizagem. O caso é dividido em unidades menores de análise, os mini-casos, através do processo de desconstrução, e para cada mini-caso há uma explicação sobre como esta perspectiva está presente no mini-caso.
Quando necessário, informações adicionais podem ser fornecidas para ajudar a entender o mini-caso, dando ao aluno uma aprendizagem mais profunda. As vantagens do modelo são o uso de uma teoria de aprendizagem que fornece uma base pedagógica, o desenvolvimento da flexibilidade cognitiva dos alunos o incentivo à prática analítica. Este modelo exige que os alunos participem ativamente no processo de aprendizagem, e fornece uma análise aprofundada através da desconstrução das imagens em movimento, o que garantirá um aumento da flexibilidade cognitiva através dos vários exemplos desconstruídos, seguido por uma série de perguntas que fazem os alunos atravessarem mentalmente os desconstruídos mini casos. Esta participação requer, obviamente, reflexão, maturidade de conhecimento e flexibilidade cognitiva.

Fonte:
Moreira J.A. (2017), A Pedagogical Model to Deconstruct Moving Pictures in Virtual Learning Environments and its Impact on the Self-concept of Postgraduate Students, Journal of e-Learning and Knowledge Society, v.13, n.1, 77-90. ISSN: 1826-6223, e-ISSN:1971-8829

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A Função do Tutor


Nas perspectivas tradicionais de EaD, o tutor era considerado um guia, “que dirigia, orientava, apoiava a aprendizagem dos alunos, mas não ensinava” (Maggio, 2001, p.95). A crença era de que o material realizava a tarefa de ensinar e que ao tutor estava reservada apenas a função de acompanhar o processo e assegurar o cumprimento dos objetvos. Na década de 80, inicia-se, no campo educacional, um processo de mudança de concepção pedagógica e a ênfase deixa de ser a transmissão de informação e passa a ser a construção de conhecimentos, o que trouxe à escola e ao professor novos desafios no desenvolvimento de planejamentos que desencadeassem processos de reflexão e questionamento, ao invés de memorização de conteúdos. Já nas perspectivas pedagógicas atuais, o trabalho do tutor ganha uma nova dimensão devido à compreensão e ao aprofundamento das formas como se aprende e se ensina. Assim, um bom tutor, dentro dessa perspectiva, é aquele que promove tarefas desafiadoras e acompanha sua resolução, fornece fontes de informação, favorece a compreensão e oferece explicações substantivas (Maggio, 2001).

(PDF) Professor tutor: papéis, funções e desafios Teacher tutor: roles, functions and challenges.
Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/319528580_Professor_tutor_papeis_funcoes_e_desafios_Teacher_tutor_roles_functions_and_challenges [accessed Nov 21 2018].

domingo, 18 de novembro de 2018

Posições subjetivas possíveis na relação ensinante-aprendente

Os dados para a análise que segue foram coletados a partir de um questionário aplicado no ambiente virtual da disciplina semi-presencial de Estudos Acerca do Conhecimento Matemático, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade de Caxias do Sul (2003). O que dizem 16 alunos a respeito de sua experiência?

  1. E1 - É bastante produtiva, pois o professor tem que acompanhar cada aluno,  isso faz com que nós, sintamo-nos mais próximos do professor.
  2. E2 - O professor está mais próximo do aluno, podendo tirar suas dúvidas  rapidamente no ambiente virtual.
  3. E3 - Até algum assunto, alguma pergunta que não faríamos em sala de aula fica mais fácil de escrever.
  4. E4 - Acho que há um tempo maior para a troca de informações entre  professor e aluno, pois com esse sistema você pode fazer isso em horários que normalmente você não conseguiria com professores que não utilizam esse método.
  5. Na aula tradicional, o contato é mais freqüente, no ambiente virtual só nos comunicamos quando surge alguma dúvida e o retorno é mais demorado. 
  6. A relação professor-aluno se torna mais rara, o que eu acho válido, pois acarreta numa independência que favorece o aluno no decorrer do curso. 
  7. O professor se torna um auxiliador, pois a comunicação se torna mais distante e menos direta. No presencial, a comunicação pode se tornar mais prolongada de acordo com a resposta que o aluno obtém da professora e, com isso, o professor poderá impedir que o aluno pense mais sobre determinado assunto. 
  8. Sempre gostei muito mais de ter um professor que pudesse me explicar os conteúdos pessoalmente do que através do computador. Acho que através de ambientes virtuais, a relação professor-aluno fica muito impessoal.
  9. O professor é orientador para indicar os caminhos a serem tomados para chegar ao conhecimento, ao contrário das aulas presenciais nas quais o conhecimento é transmitido diretamente do professor ao aluno. 
  10. No ambiente virtual o contato é maior, pois temos que trocar idéias com todos os colegas da turma, o que não aconteceria numa aula tradicional, onde trabalhamos somente com os colegas mais próximos. 
  11. Podemos saber o que cada colega pensa, qual é a sua opinião sobre determinado assunto. 
  12. Através do ambiente fica mais fácil do aluno se expressar, uma vez que alguns são tímidos e não conseguiriam dizer o que pensam pessoalmente. 
  13. Facilita a interação, visto que, com o ambiente pode-se trocar idéias a qualquer hora.
  14. É bem virtual, pois comentários, críticas, ideias, tudo são trocados no ambiente, mas claro que sempre há conversa e troca de idéias pessoalmente também. 
  15. Eu não gosto muito de tentar “exclarecer” dúvidas com meus colegas através do computador. Prefiro pessoalmente. 
  16. No meu caso eu prefiro a presença, pois tenho dificuldades em me comunicar por escrito.
Fonte: 
VALENTINI, Carla Beatris e Eliana Maria do Sacramento Soares. Aprendizagem em ambientes virtuais [recurso eletrônico] : compartilhando ideias e construindo cenários – Dados eletrônicos. – Caxias do Sul, RS: Educs, 2010.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Modelos Pedagógicos

1. Comunidade de Investigação
Tem como base  a dimensão social, a cognitiva e a docente, utiliza comunicação assíncrona por meio de fórum de discussão como suporte, onde é possível sistematizar e analisar as interações,  portanto, necessita de uma presença docente.

2. E-moderating
Baseado em cinco níveis ou etapas, que orientam a atividade do moderador no trabalho com os formandos, para conseguir a construção de comunidades virtuais de aprendizagem. É também um modelo desenvolvido para funcionar essencialmente através da utilização dos fóruns eletrônicos, em modo de comunicação assíncrona.

3. Modelo de Colaboração de Murphy
Funciona como um instrumento em desenvolvimento para medir a colaboração grupal em ambientes online de comunicação assíncrona. Trabalha a colaboração como um processo contínuo de interação que pode ser reconhecida e pensada ao longo de seis processos, onde o tipo de interação que se estabelece se vai modificando permitindo, ao mesmo tempo, outro tipo de relações mais colaborativas. O modelo não aborda a função de um hipotético formador  mas, não podemos retirar informação sobre a função do formador para o desenvolvimento de comunidades colaborativas.

4. Modelo de Colaboração em Ambientes Virtuais
Neste modelo, a colaboração baseia-se em três componentes: empenho, comunicação e coordenação. O empenho  necessita de predisposição afetiva e psicológica dos membros do grupo para colaborar. A comunicação está relacionada com o processo de partilha de informação entre os elementos do grupo. A coordenação consiste na gestão das atividades de pessoas e dos recursos para atingir um fim.

5. M. de Interação em Ambientes Virtuais
Parte do princípio fundamental de que o estabelecimento de relações sociais numa comunidade educativa é um fator determinante para o êxito deste tipo de formação. O ambiente virtual pretende levar ao conhecimento através da colaboração, numa ótica construtivista e sócio-construtivista, em que a aprendizagem se realiza através da atividade grupal ou interação entre pares.


Fonte:
MEIRINHOS, M; Osório, A. Modelos de Aprendizagem em Ambientes Virtuais, Escola Superior de Educação de Bragança – Instituto Politécnico de Bragança / Instituto de Estudos da Criança - Universidade do Minho. p 505-508.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Tópico 2- Educação e Cinema



Fonte:
USP, Curso de Extensão. Pedagogia e Aprendizagem em Plataformas Digitais, R. Preto, SP. Tópico 2 - Educação e Cinema, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GHBOWf0anwI . Acessado em: 8 de novembro de 2018. 
 

Educação a Distância

A apropriação das mídias e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), no cenário da EAD faz resignificar o conceito de conhecimento. É através das ferramentas tecnológicas, a partir de mediações atuantes que as potencialidades se afloram, o tempo e espaço, já não são mais problemas, proporcionando uma educação sem distância, sem tempo, levando o sistema educacional a assumir um papel, não só de formação de cidadãos pertencentes aquele espaço, mas a um espaço de formação inclusiva em uma sociedade de diferenças.

Fonte: Brasil Escola
Disponível: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/as-tics-no-contexto-ead-limites-possibilidades.htm

A Pirâmide de Glasser

Como aprendemos


William Glasser (1925-2013) foi um psiquiatra americano que teve suas teorias aplicadas também na educação. Dentre os seus estudos, o pesquisador publicou sobre a Teoria da Escolha, em que ele afirma que nenhum ser humano é totalmente desmotivado: ninguém, apesar de todos os problemas enfrentados, acredita e deseja o seu fracasso. Pelo contrário, gosta de aprender diariamente.Assim como toda escolha do comportamento humano, a escolha pelo estudo é motivada para que satisfaça cinco necessidades básicas: sobrevivência, pertencimento ao grupo, liberdade, poder e diversão. Dentre essas necessidades, a maior delas é o pertencimento, que se agrupa aos sentimentos de amor e amizade.

Fonte:
BLOG IMPACTA. Pirâmide de William Glasser: entenda o que é e qual a sua importância. Dispinível em:  https://www.impacta.com.br/blog/2018/02/07/piramide-de-william-glasser-entenda-o-que/ Data do acesso: 07 de novembro de 2018.

Professor Mediador

  A educação a distância exige um profissional bastante conectado com as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), devendo s...